The Calling emociona público em Belo Horizonte com show intimista e carregado de nostalgia
- Stephanie Ferreira

- 16 de out.
- 2 min de leitura

Na noite desta quarta-feira, Belo Horizonte foi palco de uma verdadeira celebração emocional e nostálgica. A banda norte-americana The Calling subiu ao palco do Mister Rock, como parte da aguardada Brasil Tour 2025, e entregou uma performance vibrante, íntima e carregada de afeto, tanto por parte dos músicos quanto do público presente.
Vindos de uma longa trajetória marcada por hits que embalaram os anos 2000, Alex, Dom, Arms e Marc mostraram que o tempo apenas aprimorou a entrega no palco. O vocal potente, ainda marcante, encontrou eco nos coros afinados dos fãs que lotaram a casa, muitos deles vindos de outras cidades, como é o caso da autora desta resenha, que percorreu quase 600 km até Belo Horizonte para viver essa noite única.
Logo nos primeiros acordes, a energia da plateia mostrou que a espera valeu a pena. Canções como “Adrienne” e “Our Lives” reacenderam memórias, enquanto a mais aguardada da noite, “Wherever You Will Go”, foi entoada em uníssono, como se cada verso ainda fizesse parte da vida cotidiana dos presentes.
Mas foi em “Stigmatized” que o show atingiu seu ponto mais delicado. Um silêncio reverente tomou conta do salão, quebrado apenas por vozes embargadas e olhos marejados. A emoção coletiva, somada ao simbolismo da música, criou uma atmosfera de comunhão rara de se ver, um momento em que o show deixou de ser espetáculo para se tornar confissão partilhada.
Muitos, como eu, deixaram suas rotinas para trás, pegaram estradas, cruzaram estados e enfrentaram distâncias para viver algo que só a música é capaz de proporcionar: sentido. Conhecer novas pessoas, novos lugares, e se reconhecer em versos cantados há duas décadas com o mesmo fervor de antes é, sem dúvida, um privilégio.
Ao final da apresentação, a sensação era de plenitude e despedida. O ciclo da turnê se aproxima do fim, e a consciência disso tornava tudo mais intenso, mais bonito, mais urgente. O The Calling pode não estar no topo das paradas atualmente, mas continua no topo da memória afetiva de quem cresceu ouvindo sua trilha sonora. E mais do que isso: provou que ainda sabe emocionar ao vivo, olho no olho.
Saio de Belo Horizonte com a certeza de que fiz a escolha certa: a banda certa pra amar, as músicas certas pra levar comigo, e as pessoas certas pra compartilhar tudo isso. Que sorte a nossa.


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